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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tribos Urbanas "Darkwave"

Darkwave

        Dark wave, também escrito como darkwave, é um gênero musical que teve seu início no final dos anos 1970s, coincidindo com a ascensão popular da New Wave  e do Pos-punk. Construída sobre princípios básicos, dark wave inclui a escuridão, o dark, mais as letras introspectivas e sonoridade depressiva. Nos anos 1980, uma subcultura se desenvolveu ao lado da dark wave music, sendo que seus membros eram chamados de "wavers" ou "dark wavers". O pos -punk Britanico que inspirou o Gothic rock deu o pontapé inicial para o movimento. Assim sendo, a dark wave foi ligada a subcultura gótica.

História

1980 

 

        O termo foi usado na europa nos anos 1980s para descrever a melancolia dark que variava da new wave e do pos- punk que estava em voga, assim como do Gothic rock e do dark Synthpop, tendo sido usado pela primeira vez em bandas como a Bauhaus, Joy Division, The Cure, Siouxsie and the Banshees, The Chameleons, New Order, Cocteau Twins, Anne Clark, Killing Joke, The Cassandra Complex, Fields of the Nephilim, Chris and Cosey, Fad Gadget, Soft Cell, Garu Numan e Depeche Mode. 

        O movimento se espalhou pelo mundo, desenvolvendo movimentos novos, como o francês coldwave. Coldwave é descrito pela sonoridade de bandas como Kas Product, Martin Dupont, Asylum Party, Norma Loy, Clair Obscur, Opera Multi Steel, The Breath of Life, e Trisomie 21. Logo depois, diversos outros generos da dark wave foram surgindo e influencindo-se entre os mesmos , por exemplo, a electronic New Wave (Tambem chamada de Electro Wave na Alemanha) misturado com o Gothic rock, ou usando elementos da Ambient music e do post-industrial music. Bandas como  Attrition, In the Nursery, Pink Industry (GRA), Clan of Xymox (HOL), mittageisen Die Form (FRA), e Psyche (CAN) tocaram esses estilos nos anos 1980s. Os grupos de dark wave na Alemanha dos anos 1980s eram associados ao Neue Deutsche Welle, que incluia bandas como Asmodi Bizarr, II. Invasion, Unlimited Systems, Mask For, Moloko, Maerchenbraut,  e Xmal Deutschland. Na Itália, bandas como LitfibaDiaFramma estava alcançando relativo sucesso.

 

1990


        Após o desaparecimaento das cenas grandes da new wave e do pos-punk em meados da década de 1980, o dark wave ressurgiu como um movimento underground com bandas da Alemanha, como Deine Lakaien,  Love is Colder than Death, Love like Blood e Diary of Dreams. As bandas italianas The Frozen Autumn, Ataraxia e Nadezhda as sul-africanas The Awakening e as francesas Corpus Delicti, se juntaram ás bandas alemãs. Todas essas bandas seguiram um caminho que imitava o New Wave e o post-punk dos anos 1980. Ao mesmo tempo, um grupo grande de artistas alemães, que incluia Das Ich, Relatives Menschsein  e a banda Lacrimosa, desenvolveram um estilo mais teatral, inspiradas na poesia germanica e em letras mais metaforizadas, chamando essa subdivisão de Nova arte fúnebre Alemã . Outras bandas, como Silke Bischoff, In My RosaryEngelsstaub misturavam o dark synthpop ou o rock gótico com elementos do Neofolk ou do Neoclassical Dark Wave.
        Após 1993, nos EUA, o termo dark wave (como variante do jargão darkwave) foi associado com a gravadora Projekt Records, pois esse era o nome usado em seus catálogos, além de ser usado para denominar artistas alemães nos EUA, como o Project Pitchfork. A gravadora tinha bandas como Lycia ,  Black Tape for a Blue Girl,  e Love Spirals Downwards, todas caracterizados por ter vocais femininos. Cocteau Twins, sendo o estilo classificado como etheral wave. A gravadora tambem listava uma longa assossiação com o Attrition, que havia aparecido em suas primeiras copilações musicais. Outra gravadora americana nessa area era a Tess Records, que gravava os discos do This Ascension e Faith and the  Muse. Essas bandas tocavam uma nova vertente do wave, de origem das bandas dos anos 80, como Joshua Gunn, professor de estudos da comunicação da Universidade de Louisiana , descreve a darkwave norte-americana como uma ampliação da rara encruzilhada do gotico no repertorio da eletrônica, sendo de certa forma, uma resposta americana ao 'ethereal wave' subgenero que se desenvolveu na europa, tendo bandas como o Dead Can Dance. Ancorado por Sam Rosenthal, dono de uma gravadora sediada em Nova York, a Projekt, a Darkwave music é pouco de rock e muito de roll, sendo base de bandas com enfase ao folk songcraft, aos vocais abafados, á experimentação da ambient music, aos soms sintetizados mais parecidos com o breve  shoegazing, ao moviemnto do Rock alternativo do que o estilo punk do inicio da musica gótica . As bandas do Projekt como Love Spirals Downward e Lycia são mais populares do subgênero.



Influências atípicas da wave

 

        Um grande número de outras bandas americanas misturaram a dark wave e a ethereal wave com outros projetos na electronic music. Love Spirals Downward, Collide e Switchblade Symphony incorporaram elementos do Trip hop, enquanto o The Cruxshadows combinava uma serie de electronic dance musicrock alternativo baseado nos elementos do estilo synth. A Dark wave disco, foi uma tentativa fundada em 2004 na cidade de Chicago com a intenção de mesclar a a dark new wave music com o atual indie-electro music. Seu legado foi o ressurgimento da new wave e da brand new electro nights em Chicago. No começo dos anos 2000, Jay Reatard  formou o híbrido prolífico Garage Punk/ Dark Wave em sua banda chamada Lost Sounds. Eles lançaram tres discos pela In The Red Records até se separaem em 2005. conteporaneo com elementos do
        Ida metade para o final do ano 2000 uma noiva geração de bandas com grande influencia dos grupos da década de 80 surgiram, influenciadas por : Interpol, Editors, The Knife, e The XX, alem de inumeras outras.

sábado, 23 de outubro de 2010

Tribos Urbanas "Headbangers"

Trubo urbana  "Headbangers"

   Headbanger (também metalhead) é um termo usado para designar um fã do estilo musical heavy metal ou qualquer de suas variantes. O termo headbanger refere-se também aqueles que dançam headbanging. Os cabelos compridos, casacos de couro patches de bandas de metal ajudam a promover um sentido de identificação na subcultura.

Origem do nome

        Não há consistência que o termo headbanger tenha se originado de fãs do Black Sabbath e de Ozzy Osbourne. Mas a verdade é que em fins da década de 60 e inicio da década de 70 bandas como Black Sabbath, Deep Purple, Uriah Heep, Grand Funk Railroad usavam o blues "shuffle" como base de muitas de suas músicas. Junto a este ritmo alucinante e pesado, ele fazia com que os fãs balançassem suas cabeças frenéticamente.
        Segundo os guitarristas do Status Quo, Rick Partiff e Francis Rossi, muitos dos apreciadores do rock underground da época em pubs da Inglaterra nas cidades de Birmingham e Londres, já realizavam este tipo de dança ouvindo soul. Eles próprios quando decidiram adotar um estilo de rock mais underground e frequentar estes pubs, perceberam como os roqueiros deste recintos agiam e decidiram fazer o mesmo no palco. Automaticamente bandas como Black Sabbath, Deep Purple, Uriah Heep, por frequentarem os mesmos locais também começaram a adotar o mesmo tipo de atitude no palco. Bill Ward, ex-baterista do Black Sabbath, comenta em um video de Ozzy Osbourne que este estilo de atitude foi crucial para o sucesso do Black Sabbath em terras americanas.
        Então foi o movimento destas bandas apoiadas por apreciadores e fãs da época que fez existirem headbangers. Mas na verdade os mesmos somente foram denominados desta maneira a partir do surgimento da NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal) um movimento criado por bandas que resgatavam o heavy metal no final dos anos 70 e início dos anos 80 e o nome do movimento foi criado pela Revista de Rock inglesa "Sounds", que deu suporte para bandas da época como Iron Maiden, Saxaon, Angelwitch, Samson, Tyger Of Pan Tang entre outras.  

Visual

        O visual chamado de old school (velha guarda, em uma tradução mais aberta) é composto de camiseta preta de banda ou não, calça jeans (normalmente rasgada) ou preta (normalmente de couro), tênis cano alto, geralmente branco, e acessórios "opcionais" como um colete feito a partir de uma jaqueta jeans, geralmente com patches de bandas, cinto, braceletes e pulseiras. Em épocas de clima frio, jaquetas de couro  ou jeans com "patches" também fazem parte do visual. 
        Rod Halford, da banda de heavy metal Judas Priest inventou um visual de couro com rebites para os heavy metalheads. Antes disso, pode se observar que o visual adotado era um visual hippie. Halford viu que os hippies nada tinham a ver com o heavy metal, e inspirado pelas casas noturnas inglesas, e vendo a polêmica que o heavy metal criou, adotou um visual fetichista. Conforme foi tornando-se famoso, o heavy metal foi sendo envolto em uma aura de "misticismo" no qual se colocava este estilo como extremamente machista. Assim, não se associava a imagem do visual introduzido por Halford aos bares gays ingleses, nem mesmo se cogitava o fato de uns dos líderes da NWOBHM ("New Wave Of British Heavy Metal"), Rob Halford (que tem a alcunha de Metal God, "Deus do Metal"). Muitos headbangers adotaram partes do visual de couro com rebites de Rob Halford, como as correntes, spikes, gargantilhas, cintos de pirâmides entre outros pois este dão uma certa agressividade ao visual. O visual descrito acima remete principalmente à NWOBHM e ao surgimento do thrash metal  na baía de San Francisco, nos Estados Unidos.
        Já no fim dos anos 80 e início dos anos 90, com a ascensão de vertentes como o doom metal, gothic metal e o black metal vindos da Europa, principalmente da Escandinávia, tornou-se popular o uso de coturnos e sobretudos. Os Coturnos são muito populares entre os headbangers. Assim como o cinto de bullets (balas) e a calça camuflada, os coturnos, acessórios que remetem ao militarismo , sua força, e sua agressividade, tento como principal significado a luta pelos seus ideais.
 

No Brasil

 
        No Brasil durante os anos 80 e início dos anos 90, no ABC paulista, lugar onde havia uma das maiores concentrações de headbangers no país, o uso do coturno era exclusivo de tribos como punks e góticos, sendo utilizado pelos headbangers, assim, os tênis cano-alto brancos, de marcas como Pony, Le Coq  entre outros. A cor preta é adotada pelos headbangers por ser a cor representante da ira e da inconformação, diferentemente de outras contra-culturas undergrounds, como punks, góticos,  skinheads,  entre outras, que adotam o preto por ter outros significados.Também é muito comum entre os headbangers os cabelos compridos, uma marca registrada do estilo. O termo "metaleiro" foi criado pela Rede Globo, durante as transmissões do Rock in Rio (1985).

sábado, 16 de outubro de 2010

Tribos Urbanas "GOTHIC"

GOTHIC ou GOTICOS


       Ao longo da história, o termo Gótico foi usado como adjetivo ou classificação de diversas manifestações artísticas, estéticas e comportamentais. Dessa maneira, podemos ter uma noção da diversidade de significados que esta palavra traz em si.
     Originalmente, Gótico deriva-se de Godos, povo germânico considerado bárbaro que diluiu-se aproximadamente no ano 700 d.C.. Como metáfora, o termo foi usado pela primeira vez no início da Renascença, para designar pejorativamente a tendência arquitetônica, criada pela Igreja Católica, da baixa Idade Média e, por conseqüência, toda produção artística deste período. Assim, a arquitetura foi classificada como gótica, referindo-se ao seu estilo "bárbaro", se comparado às tendências românicas da época.

      No século XVIII, como reação ao Iluminismo, surge o Romantismo que idealiza uma Idade Média, que na verdade nunca existiu. Nesse período o termo Gótico passa a designar uma parcela da literatura romântica. Como a Idade Média também é conhecida como "Idade das Trevas", o termo é aplicado como sinônimo de medieval, sombrio, macabro e por vezes, sobrenatural. As expressões Gothic Novel e Gothic Literature são utilizadas para designar este sub-gênero romântico, que trazia enredos sobrenaturais ambientados em cenários sombrios como castelos em ruínas e cemitérios. Assim, o termo Gothicism, de origem inglesa, é associado ao conjunto de obras da literatura gótica. Posteriormente, influenciado pela Literatura Gótica, surge o ultra-romantismo, um subgênero do romantismo que tem o tédio, a morbidez e a dramaticidade como algumas características mais significativas.      
      No final da década de 70 surge a subcultura gótica influenciada por várias correntes artísticas, como o Expressionismo, o Decadentismo, a Cultura de Cabaré e Beatnick. Seus adeptos foram primeiramente chamados de Darks, aqui no Brasil, e curtiam bandas como Joy Division, Bauhaus, The Sisters of Mercy, entre tantas outras. Atualmente, a subcultura gótica permanece em atividade e em constante renovação cultural, que não se baseia apenas na música e no comportamento, mas em inúmeras outras expressões artísticas.
      Nos meados da década de 90, viu-se emergir uma corrente cultural caracterizada por alguns elementos comportamentais comuns ao romantismo do século XVIII, como a melancolia e o obscurantismo, por exemplo. Na ausência de uma classificação mais precisa, esta corrente foi denominada Cultura Obscura. Porém, de forma ampla e talvez até equivocada, o termo Goticismo também é usado para denominá-la.
      Há algumas semelhanças entre Cultura Obscura e Subcultura Gótica. Mas há também diferenças essenciais que as tornam distintas. Por exemplo, a Cultura Obscura caracteriza-se por valores individuais e não possui raízes históricas concretas como a subcultura gótica.
      Entre os apreciadores da Cultura Obscura, é possível determinar alguns itens comuns, como a valorização e contemplação das diversas manifestações artísticas. Além de uma perspectiva poética e subjetiva sobre a própria existência; uma visão positiva sobre solidão, melancolia e tristeza; introspecção, medievalismo, entre outros.
       Sintetizar em palavras um universo de questões filosóficas, espirituais e ideológicas que agem na razão humana, traz definições frágeis e incompletas de sua essência. Obscuro, Sombrio ou Gótico podem ser adjetivos de diversos contextos e conotações. Mas é, principalmente, o espelho que reflete uma personalidade.


Cultura Obscura


       Apesar de ser considerada por muitos, uma tribo urbana, a cultura obscura não se caracteriza necessariamente pela coletividade, mas principalmente pela individualidade. Uma vez que se aborda personalidades e comportamentos que tendem a encontrar expressões artísticas comuns.
         Desse modo, não há um conjunto específico de influências, regras ou doutrinas pré-estabelecidas. Porém, alguns pontos podem sugerir um "contramovimento social". Por exemplo, há na sociedade, de um modo geral, uma busca intensa pelo mercantilismo, a indução selvagem ao status e a exploração da arte pelo consumismo. A cultura obscura contraria essas tendências, contrapõe-se aos rótulos e modismos, choca-se com ideais consolidados e valoriza, sobretudo, a arte e a expressão individual.
         Para que algumas de suas principais características tornem-se mais nítidas, pode-se associá-las ao Romantismo Literário. Não apenas no aspecto artístico, mas principalmente, na questão comportamental. É este romantismo, reacionário ao iluminismo e ponto de partida da subcultura gótica, responsável pelas bases obscuras desta cultura. A superestimação do ego e, conseqüentemente, dos próprios sentimentos que, exteriorizados, formam uma realidade idealizada do mundo. A evasão, que consiste numa fuga psicológica da realidade, é responsável pela supervalorização do passado, seja individual ou histórico, como no saudosismo. Assim, percebe-se com nitidez a intersecção entre Romantismo e Cultura Obscura.
         Entre seus adeptos, podemos encontrar um constante interesse pela cultura, valorização e contemplação de diversas manifestações artísticas; perspectiva poética e subjetiva sobre a própria existência; visão positiva sobre solidão; melancolia e tristeza; introspecção e medievalismo; etc. A soma destas características compõe uma cultura de atmosfera sombria, romântica e poética. Mas, geralmente, é vista pela sociedade, de forma preconceituosa, como uma manifestação depressiva e negativa.
         A Literatura, além de ser uma das manifestações artísticas mais consumidas e produzidas na cultura obscura, fornece uma definição estética e ideológica bem próxima dos elementos que a compõem. Compor um poema, por exemplo, é uma forma de penetrar no próprio âmago, conhecer a si próprio, confrontar os temores e revelar os mais profundos sentimentos.
         Mais uma vez, o romantismo faz-se presente; especialmente o ultra-romantico ou "mal-do-século". Não apenas por suas obras, mas principalmente por suas características: subjetivismo, saudosismo, predileção pelo noturno e pelo sobrenatural, por exemplo. Obras de autores como Allan Poe, Lord Byron, Lovecraft e  Ávares de Azevedo são amplamente absorvidas.
         A música pode ser classificada como o principal veículo de divulgação no que se refere à Cultura Obscura. Mas, como em outras expressões, não é possível traçar uma linha nítida relacionada à estilos ou artistas específicos.
         As bandas que surgiram no início da década de 80, no período conhecido como pós-punk, e atualmente são classificadas genericamente de góticas, também são apreciadas; como o Joy Division, por exemplo.
         O Gothic Metal, nome dado genericamente ao estilo que combina Metal e Neoclássico, traz em letras e arranjos uma boa parte dos temas abordados: alusão à obras literárias e mitologia, citações em latim e arcaísmos, entre outros elementos.
       Porém, a cultura obscura ainda abriga outros estilos e referências musicais. Por exemplo, música medieval e renascentista, e compositores clássicos e neo-clássicos. Ainda, estilos mais suaves como New Age, Dark Atmospheric (ou Dark Ambient) e Ethereal.
        Na cultura obscura não há uma religião ou doutrina espiritual a ser seguida. Mas há um grande interesse por religiões do período pré-cristão, por diversas correntes e doutrinas esotéricas e pela própria espiritualidade. Este interesse é, sem dúvidas, fruto de um desejo de autoconhecimento e de elevação espiritual próprios de seus adeptos.
         Nas plásticas e na estética, as emoções são figuradas e personificadas. Anjos e demônios convivem como nas ilustrações de William Blake, o terror pode ser encontrado em Nosferatu, do expressionismo alemão. Vê-se ironia e macabrismo no cinema de Tim Burton. Assim como sombras urbanas emergem na lendária Gotham City. Castelos e catedrais, gárgulas e quimeras coexistem na Arte Digital. Definições e exemplos tão distantes que se tornam próximos e coerentes a olhos intensos e românticos. A combinação de certos elementos compõe uma obra, um ambiente ou uma paisagem, impregnada de lirismo obscuro, como na melancolia decadente de um cemitério ou na grandeza de uma catedral.
         Diversas expressões artísticas de culturas e épocas distintas encontram-se na cultura obscura: do romantismo ao modernismo; da prosa à poesia; do sacro ao profano... Uma cultura que não necessita de regras, apenas de identidade; que não pode ser sintetizada em algumas palavras; mas que é ampla e democrática para abrigar elementos tão distantes e incluí-los sob uma mesma perspectiva.




Gótico como Estilo Subcultural

"(...) Não há espaço suficiente, aqui, para descrever cada artefato específico valorizado na cena gótica, nem para detalhar todas as formas complexas pelas quais góticos, individualmente, os selecionam, os combinam e sutilmente os transgridem. Simplesmente tentarei delinear os aspectos estilísticos mais importantes da subcultura em relação a temas gerais particularmente proeminentes e consistentes. Entitulados 'o sombrio e o macabro', 'feminilidade e ambiguidade' e 'fragmentos de estilos relacionados', estas são, obviamente, categorias guarda-chuva artificiais e, como tais, inevitavelmente caracterizadas por diversidade e sobreposição. Mais uma vez é preciso enfatizar que os os indivíduos montavam seu próprio estilo selecionando dentre os elementos que eu descrevo e que, como consequência, poucos, senão nenhum, adotavam todos eles. O valor destas categorias é que elas permitem a demonstração da consistência estilística geral da cena gótica, sem deixar de lado os elementos de diversidade e dinamismo.

Autores   

Alfred de Musset Edgar Allan Poe  
Alphonsus de Guimaraens Álvares de Azevedo Ann Radcliffe Anne Rice
Augusto dos Anjos Baudelaire Bernardo Guimarães Bram Stoker
Casimiro de Abreu
Castelo Branco
Cruz e Sousa
Fagundes Varela
Florbela Espanca
Franz Kafka
Horace Walpole
Johann Goethe
Junqueira Freire
Lord Byron
H. P. Lovecraft
Manuel du Bocage
Mary Shelley
Oscar Wilde
William Blake
              
Fatos e Mitos


         Nos últimos tempos, a subcultura gótica e a cultura obscura ganharam destaque na sociedade através da grande quantidade de informações transmitidas por diversos canais, principalmente a Internet. Este fato criou uma densa camada de mitos e confusões que envolvem os góticos e os obscuros.
        Não há um estatuto que defina a personalidade de um adepto da Cultura Obscura. Não há mandamentos a serem seguidos. Há apenas, um conjunto de características. Embora nem sempre, seja comum a todos os adeptos.
        O objetivo deste texto é um esclarecimento definitivo em relação à Cultura Obscura, de modo a dissociá-la da subcultura gótica. É necessário expor a face da Cultura Obscura real que abriga sólidas manifestações artísticas e sociais, e não é movida pelos modismos fúteis e consumistas de nossa sociedade. Assim, façamos alguns esclarecimentos.

1- Os adeptos da Cultura Obscura possuem uma percepção artística diferenciada. Isto lhes permite contemplar situações pouco comuns para as outras pessoas.

2-  Esta percepção é natural à sua personalidade e é desenvolvida, muitas vezes inconscientemente, ao longo de sua vida. Num determinado momento, descobre-se a Cultura Obscura e ocorre uma identificação imediata.

3-  Freqüentam cemitérios para ler, ouvir música ou apenas refletir sobre a própria existência, aproveitando o aspecto de paz e tranqüilidade e a arte das esculturas tumulares, por exemplo. É falso o conceito de que vão ao cemitério para roubar, destruir ou praticar rituais.

4-  Possuem uma personalidade introspectiva. Não são depressivos, pessimistas ou agressivos.

5-  Tristeza e melancolia não são sentimentos negativos. São apenas estados de espírito dos quais, muitas vezes, são fontes de inspiração.

6-  São pessoas que valorizam a arte e a intelectualidade. Muitos, por exemplo, estudam e pesquisam sobre História, Literatura, Cinema, Música, Sociologia etc.

7-  Na Cultura Obscura, não há uma religião específica a ser seguida. Geralmente, se interessam por temas ocultistas, mas podem ser Católicos, Evangélicos, Neopagãos etc. Podem seguir uma crença pessoal ou até mesmo serem Ateus. É falso o conceito de que todos são satanistas ou anticristãos.

8-  Não há uma ideologia política específica. Aliás, é raro encontrar alguma citação política entre os adeptos. Normalmente só há o conceito de contra-movimento social.

9-  Não se vestem exclusivamente com roupas pretas e nem todos usam maquiagem e acessórios metálicos. 

10-  A música produzida na subcultura gótica, principalmente no período da década de 80, é um dos estilos cultivados. Mas outros estilos como o Metal, Clássico e Ethereal, também são muito consumidos. 

11-  Não há rivalidade com nenhum outro grupo social.

12-  Os adeptos da Cultura Obscura são pessoas sociáveis e aceitam as individualidades de forma natural. Independentemente de seus valores, crenças, etnia, situação econômica ou orientação sexual. Assim, encontra-se de todas as etnias: brancos, negros, pardos etc. É falso o conceito de que são todos brancos ou pálidos.

13-  São socialmente e economicamente tão produtivos quanto qualquer outra pessoa. 


Estilos Música

       A música apreciada na Cultura Gothic abriga desde as sonoridades mais rústicas, como a produzida entre algumas bandas góticas na década de 80, até a sofisticação do Metal que emergiu na década de 90. Pode oscilar entre sonoridades modernas, como a dos estilos eletrônicos mais pulsantes e dançantes, ou buscar referências na música medieval.
       Desse modo, é possível ter uma idéia de quanto é amplo e democrático o conceito de música quando relacionado à cultura obscura, e pode-se perceber que não há padrões rígidos que determinem estilos específicos. Porém, há alguns pontos que são comuns na maioria. Podemos citar como exemplos, letras que abordam temas existenciais e que algumas vezes baseiam-se em obras da literatura romântica. Além de uma referência instrumental recorrente à música étnica, (de culturas orientais, por exemplo), e do próprio folclore europeu. A música erudita também é uma referência bastante comum, que pode estar presente tanto nos estilos mais suaves, como o Ethereal, até nos mais agressivos e pesados, como o Metal.
       Alguns estilos, como o Ethereal, New Age e Dark Ambient/Atmospheric, muitas vezes, podem trazer uma sonoridade semelhante. Isso faz com que algumas bandas sejam genericamente inclusas sob mais de um rótulo. Este conceito também pode ser aplicado ao Metal e suas subdivisões.
       (O objetivo deste artigo não é delimitar ou impor rótulos sobre os estilos citados. Mas apenas fornecer informações sobre as variações musicais mais presentes na cultura obscura. As bandas e artistas citados são apenas referências para que o leitor possa ter uma idéia mais clara dos estilos que são abordados nos tópicos.)

Gothic Rock 

       No Gothic Rock, o instrumental é simples, composto por guitarras, baixo e bateria. Os vocais característicos são graves. A expressão Gothic Rock foi usada pela primeira vez no final da década de 70 para classificar bandas como Bauhaus, Joy Division e Siouxsie and The Banshees, que também eram rotuladas como pós-punk. Mas suas influências não estavam limitadas ao punk. Neste momento, bandas que posteriormente seriam classificadas como Death Rock ainda eram chamadas de Gothic Rock. Assim, a fronteira entre o Death Rock e o Gothic Rock não são muito nítidas.

Referências: Bauhaus, Joy Division e Siouxsie and The Banshees.


Industrial/E.B.M

      Apesar de muitas vezes serem classificados sob um mesmo rótulo, originalmente, E.B.M (Eletronic Body Music) e Industrial são estilos diferentes. Porém, é muito comum que bandas que sejam enquadradas num destes segmentos transitem livremente para o outro, e a fronteira que os diferenciam esteja cada vez mais sutil.
      Ambos surgiram na década de 70 e suas bases recorrem ao experimentalismo eletrônico. Inicialmente, o Industrial utiliza-se de objetos de uso cotidiano para produzir as músicas. Não havia uma preocupação com características básicas, como melodia e harmonia. Ao longo dos anos, tornou-se comum o uso de timbres eletrônicos; as músicas adquiriram uma sonoridade mais dançante e os estilos subdividiram-se em Industrial-Rock, Industrial-Metal e CrossOver, entre outros.

Referências: Marilyn Manson, Cabaret Voltaire e Front 242.

Ethereal 

       O Ethereal é um dos estilos que foram classificados como Darkwave. No Ethereal encontra-se melodias lentas e suaves. O instrumental é composto por bases eletrônicas de sintetizadores ou orgânicas (acústicas). Há uma forte influência de música folclórica (européia) e de diversas culturas (não européias), além de música erudita e experimentalismo eletrônico. No Ethereal é muito comum que as músicas soem melancólicas e introspectivas.

Referências: Cocteau Twins, Dead Can Dance e Lycia.


Dark Ambient/Dark Atmospheric

       Não há uma linha muito nítida que divida estes estilos. A semelhança é tanta que alguns até os consideram sinônimos. Também, a sonoridade muitas vezes se confunde com o Ethereal.
       No Dark Ambient/Atmospheric o instrumental é delicado, com timbres eletrônicos que simulam violinos, sinos e efeitos diversos, como sons da natureza. Há também as bandas que utilizam instrumentos de música erudita, como violinos, cellos e flautas, compondo assim uma sonoridade mais orgânica, considerada neoclássica. Há a influência de música folclórica e os vocais, geralmente, são baseados no canto lírico. Como no Ethereal, muitas músicas soam melancólicas, com uma "tristeza passiva".

Referências: Dargaard, Elend e Autumn Tears.


New Age

       O New Age, que significa literalmente Nova Era, pode ser considerado um movimento artístico-espiritual surgido na década de 60, composto por diversas crenças orientais. O estilo musical New Age também se caracteriza pela influência da música oriental. Porém, não se resume a isso. O New Age se subdivide em vários segmentos que possuem referências da música erudita e folclórica européia, por exemplo.
       A sonoridade do New Age é suave e orquestrada. Possui melodias lentas muitas vezes interpretadas através do canto lírico, corais de vozes, sintetizadores e bases eletrônicas.

Referências: Era, Enigma e Enya.


Medieval e Renascentista

       Quando relacionada à música consumida na cultura obscura, o termo Medieval pode referir-se à música do período medieval (principalmente da Baixa Idade Média no período de transição para a Renascença) ou ao estilo produzido por bandas e artistas contemporâneos que se inspiram na música medieval.
       A música do período medieval é caracterizada, inicialmente, por melodias vocálicas sem acompanhamento instrumental, que fluem livremente desenvolvendo-se com suavidade e ritmos irregulares. Posteriormente, surgiu a polifonia e o acompanhamento de instrumentos como flautas, tambores e instrumentos de corda. Estas variações podem ser associadas tanto à musica medieval religiosa como a música medieval profana.
      A música produzida atualmente que é inspirada no período medieval traz, além das características da música medieval de várias fases, também experimentalismos eletrônicos que, algumas vezes, flertam com Ethereal. Alguns artistas tendem a buscar uma sonoridade autêntica da época, enquanto outros produzem músicas com instrumentação mais complexa soando mais "pop".

Referências: Mediaeval Baebes, Ataraxia e Arcana.


Música clássica e neoclássica (Erudita)

       Na cultura obscura, a música clássica é uma referência que se combina com outros estilos. Por exemplo, sua influência é notada entre estilos como Ethereal e Metal e entre artistas que buscam uma maior sofisticação na sonoridade através violinos, cellos, vocais sopranos e tenores, piano e cravo, por exemplo. Assim, buscam inspiração em compositores de diversas fases como Mozart, Beethoven, Chopin e Strauss.

 
Metal

       Várias subdivisões do Metal são apreciadas na cultura obscura. Entre elas, principalmente, o Gothic Metal, Doom Metal, Metal Lírico e Metal Sinfônico. Há diversas características comuns entre estes estilos; a mais presente é a utilização de elementos de música clássica, como violinos, pianos, flautas e vocalização lírica. Estes itens combinam-se com as características mais comuns do Metal: guitarras graves, vocais urrados e variação rítmica. Além de letras que abordam o folclore do país natal da banda, ou referências de obras literárias, arcaísmos e expressões em latim, por exemplo.
Algumas bandas destes segmentos podem ter sido influenciadas pelas bandas do Gothic Rock oitentista e do Doom da década anterior. Além disso, é muito comum serem classificadas também em outros estilos.

Referências: Epica, Tristania e Theatre of Tragedy.


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tribos Urbanas " EMO"

Emo


         Emo ou Emocore (abreviação do inglês emotional hardcore) é um gênero de música derivado do hardcore punck. O termo foi originalmente dado às bandas do cenário punk de Washington, DC que compunham num lirismo mais emotivo que o habitual.

Origem

         Existem várias versões que tentam explicar a origem do termo "emo", como a que um fã teria gritado "You´re emo!" (Você é emo!) para uma banda (os mitos variam bastante quanto a banda em questão, sendo provavelmente o Embrace ou o Rites of Spring).
         No entanto, a versão mais aceita como real é a de que o nome foi criado por publicações alternativas como o fanzine Maximum RocknRoll e a revista de Skate Thrasher para descrever a nova geração de bandas de "hardcore emocional" que aparecia no meio dos anos 80, encabeçada por bandas da gravadora Dischord de Washington  DC , como as já citadas Embrace e Rites of Spring, além de Gray Matter, Dag Nasty e Fire Party.
         Nesta época, outras bandas já estabelecidas de hardcore punk, como 7 Seconds, Government Issue e Scream também aderiram à esta onda inicial do chamado "emocore", diminuindo o andamento, escrevendo letras mais introspectivas e acrescentando influências do rock alternativo de então.
         É importante lembrar que nenhuma destas bandas jamais aceitou ou se autodefiniu através deste rótulo. A palavra "Emo" é vista como uma piada ou algo pejorativo e artificial.
         O gênero (ou pelo menos o clássico estilo de Washington, o DC vocais abrasivos e passionais.
         Após a supervalorização inicial da intensidade e da sonoridade caótica, o emotional hardcore sofreu um processo de "desacelaração". As bandas Sunny Day Real Estate e Mineral basearam seu estilo no Rites of Spring, outra banda do gênero emo.

Chegada ao Brasil

         No Brasil, o gênero se estabeleceu sob forte influência norte-americana em meados de  2003, na cidade de São Paulo, espalhando-se para outras capitais do Sul e do Sudeste, e influenciou também uma moda de adolescentes caracterizada não somente pela música, mas também pelo comportamento geralmente emotivo e tolerante, e também pelo visual, que consiste em geral em trajes pretos, trajes listrados, Mad Rats (sapatos parecidos com All-Stars), cabelos coloridos e franjas caídas sobre os olhos. Porém, os fãs das bandas emo no Brasil até então conhecidos faziam parte do estilo HxCx, e a criação dos modernos esteriótipos sobre os mesmos, como as franjas, se deu a partir do começo do Século XXI. Fãs modernos das bandas de emotional hardcore do Século passado geralmente são membros da subcultura Indie, pois existe uma polêmica de que as bandas tidas no senso-comum como Emotional Hardcore são na verdade Pop Punk ou pertencentes a outros gêneros, ao mesmo tempo chamando o emotional hardcore do Século passado de Real Emo, sendo o anterior considerado superior por motivos que variam desde seus temas mais artísticos e mais profundos, até um instrumental de melhor qualidade e complexidade. Isso explica a diferença entre fãs de "estilo Emo" e fãs da subcultura Indie. Entretanto, o conhecimento do Real Emo ainda pertence a um Universo extremamente alternativo.


Roupas  e Acessórios

É facílimo identificar um emo, mesmo que você nunca tenha ouvido falar neles. A marca registrada está no cabelo, com franja usada em cima dos olhos, somente de um lado do rosto. O visual é a própria contradição da adolescência. “Ao mesmo tempo que demonstram rebeldia, que aparece no preto, têm também uma vontade de se manter na infância, daí os ícones infantis”, afirma a jornalista de moda Lilian Pacce.
ANOS 80 O tênis nacional Mad Rats faz sucesso nos pés dos emos.

REBITE Os cintos são usados por meninos e meninas.

WILMA FLINTSTONE Colares e pulseiras são inspirados na personagem.

BUTTONS Os emos adoram usar broches em bonés e mochilas.

INFANTIL A camiseta mescla rebeldia com um desenho fofinho.












Cabelo Emo


         Os cabelos Emo chamam atenção de algums jovens principalmente pelo corte e cores na maioria das vezes com muitas mechas coloridas e franjas que tapam o rosto.
         O cabelo emo é muito próximo ao estilo Rock e punk . Muitos meninos e meninas atualmente aderem ao look o que na maioria dos casos não agrada nada os pais.